Pouco contato visual, dificuldades para falar, comportamentos repetitivos ou interesse em objetos específicos: essas características são comuns no dia a dia do seu filho? Saiba que essas são algumas das características do Autismo.
O Autismo não é uma doença e sim um modo diferente de reagir, de se expressar e de levar a vida. Ele não avança com o passar dos anos e não tem cura, portanto, quanto antes o diagnóstico for feito e seguir para o tratamento mais diferença a pessoa sentirá no dia a dia, com a melhora da qualidade de vida e autonomia.
Quando observamos alguma criança com traços de autismo, um dos principais questionamentos são as possíveis causas: genética? fatores ambientais? Atualmente as causas não são 100% conhecidas mas é fato que o fator genético pode ser sim metade da causa do transtorno, outros fatores são externos e durante a gravidez como estresse, infecções, desequilíbrios metabólicos e exposição à substâncias tóxicas também podem aumentar a possibilidade de aparecimento do distúrbio na criança.
É importante compreender que o Autismo se apresenta em diferentes níveis de intensidade. Por exemplo: quando falamos que uma pessoa é diagnosticada com Autismo Grau 1 entendemos que os sintomas são mais brandos, não a impedindo de trabalhar, estudar e conviver socialmente. O Grau 2 já apresenta uma maior necessidade de suporte, precisando de auxílio para ações corriqueiras como comer e tomar banho, por exemplo. Já o Grau 3 exige um acompanhamento especializado ao longo de toda vida, apresentando dificuldades mais graves.
Por ser um transtorno psicológico e comportamental é possível observar os primeiros sinais em bebês de poucos meses, os sintomas mais frequentes são:
Dificuldade em interagir socialmente: pouco contato visual, dificuldade em expressar as próprias emoções, expressões faciais, gestos, problemas em fazer amigos;
Prejuízo na comunicação: escolha pelo uso repetitivo da linguagem, dificuldades em manter ou iniciar frases, humor ou sarcasmo, tom de voz monótono, não responder ou demorar para responder quando for chamado;
Alterações comportamentais: ações repetitivas como se balançar para frente e para trás por muito tempo, interesse por coisas específicas, manias e apego excessivo em rotinas.
Mesmo com dificuldades para ações cotidianas, o Autismo permite que habilidades impressionantes se desenvolvam como a facilidade para aprender a ler, se lembrar por muito tempo de acontecimentos e ter desenvolvimento acima da média com arte, números e música.
O diagnóstico já é possível por volta dos 18 meses de vida, fazendo uma avaliação com um neuropediatra que fará o exame observando o comportamento da criança e entrevista com os pais.
O Autismo não tem cura, mas com o tratamento é possível ter uma boa qualidade de vida, melhorando a capacidade de comunicação e autonomia da pessoa. São 3 pontos principais que, quando combinados garantem bons resultados:
• Terapias: união de diversas terapias para melhorar as habilidades sociais, comunicativas e organizacionais do paciente como fonoaudiologia, Terapia Cognitivo-Comportamental, exercícios de comunicação funcional e jogos para incentivar a interação;
• Remédios: junto com as terapias eles são importantes para tratar insónias, hiperatividade, falta de atenção, agressividade, ansiedade e comportamentos repetitivos;
• Treinamento dos Pais: fundamental para o aprendizado de habilidades sociais, o treinamento dos pais proporciona um bom preparo tanto para cuidar de seu filho quanto de si próprio.
O Autismo de forma geral exige muita atenção, busque apoio profissional para você e para o seu filho. Com os cuidados certos é possível levar a vida de forma leve e sempre com muito amor.