Abril é marcado pela Conscientização do Autismo. O tema tem se tornado cada vez mais presente em rodas de conversas maternas, redes sociais e até meios de entretenimento, como filmes e séries. Autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento e, antes de qualquer julgamento, é preciso se informar sobre o assunto. Convidamos você a abraçar o movimento de conscientização através de uma breve e necessária leitura.
Qualificado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo pode interferir no desenvolvimento infantil e ser percebido logo nos primeiros meses de vida do bebê. O diagnóstico de TEA é classificado em três níveis:
• Autismo clássico: Os portadores apresentam dificuldades em relação à fala, comportamentos repetitivos e falta de interação social. Pode-se considerar como o mais percebido e conhecido.
• Autismo de alto, também chamado de Síndrome de Asperger: É um estado do espectro autista, geralmente com maior adaptação funcional. Embora afete a percepção e interação social, geralmente é caracterizado por inteligência e comunicação acima da média da população.
• Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD): Possui algumas manifestações semelhantes do TEA, no âmbito de comportamento e interação, mas não há um diagnóstico limitado. Essa categoria engloba vários distúrbios que são incluídos dentro do autismo.
O autismo pode ser percebido em crianças com dificuldades na interação social, como baixa frequência de contato visual e falta de interação espontânea. Além disso, quando analisamos o comportamento, é possível identificar ações e brincadeiras repetitivas e interesse restrito a um tema ou brinquedo. Consequentemente, a linguagem da criança também é alterada. Podemos observar ausência ou atraso na compreensão e expressão, dentre outras formas de comunicação.
Por se tratar de um distúrbio no neurodesenvolvimento, o ideal é que o diagnóstico seja feito até os 3 anos de idade. Nessa fase, o cérebro da criança ainda está em período "inicial", com predisposição adaptativa aos procedimentos terapêuticos. Assim como o suporte familiar, o apoio da escola e comunidade também são fundamentais para o desenvolvimento e convívio da criança.
Autismo não é doença e não tem cara. Apesar de ainda ser um assunto pouco difundido, isso não significa que ele seja raro. 1 a cada 100 pessoas possuem grau de TEA. A ONU estima que existem mais de 70 milhões de autistas. E vai além, um estudo da USP (2019) confirmou que, entre as crianças, o autismo é mais comum do que a soma de casos de câncer, diabetes e aids.
É essencial que a alteração seja aceita e encarada de frente. O dia mundial da conscientização do autismo, 02 de Abril, foi criado pela ONU e já existe há 15 anos. A data é um convite a expandir informação e tem o objetivo de reduzir a discriminação e preconceito. É certo que a condição já impõe muitos desafios no convívio diário, se criarmos uma sociedade mais informada e empática os benefícios impactam inclusive na socialização e integração dos portadores do TEA.
A Fábrica acredita que o conhecimento pode nos conectar e levar além de todo julgamento. Crianças, jovens e adultos com autismo podem e devem conquistar seu lugar em todas as esferas de relacionamentos e socialização. Para que você conheça um pouco mais sobre o tema, listamos 3 séries leves que retratam o dia a dia de pessoas com autismo:
• Atypical
Sinopse: Quando um adolescente com traços de autismo resolve arrumar uma namorada, sua busca por independência coloca a família toda em uma aventura de autodescoberta.
Onde assistir: Netflix
• Amor no espectro
Sinopse: Em busca do par perfeito, sete jovens no espectro autista mergulham no mundo complexo dos relacionamentos amorosos.
Onde assistir: Netflix
• The Good Doctor
Sinopse: Um jovem médico com autismo começa a trabalhar em um famoso hospital. Além dos desafios da profissão, ele terá também que provar sua capacidade a seus colegas e superiores.
Onde assistir: Globoplay
Acreditamos no #RespeitoParaTodoEspectro ♥